quarta-feira, 17 de setembro de 2014

As 10 coisas que perdemos com o fim do Charlie Brown Jr

No meu último post, eu comentei sobre uma matéria que o site Virgula fez falando sobre as 10 coisas que perdemos com o fim do Charlie Brown Jr. Eu como fã declarado da banda, não podia deixar de comentar sobre isso.
Também serve como uma homenagem ao Champignon, que no último dia 9 de setembro completou um ano de sua partida. Muita luz no seu caminho, Champ.

No post eu citei as 5 primeiras coisas que a matéria disse e guardei as últimas 5 para este. - Para não ficar um post muito extenso, dividi em dois.

Vamos lá:

6. O carisma em forma de ser humano - Umas das coisas que mais encantava no Chorão era seu jeito de se expressar. Sua alegria era contagiante. Chorão cantava e encantava. Eu particularmente adoro ver entrevista dele. Coisa que nenhum outro artista me prendia. Tem entrevista que é um porre mas as do Chorão sempre foram regados a muito sorriso, alegria e uma forma de se expressar única.

O carisma de Chorão vem desde sempre! Como nessa entrevista dele com 16 anos.



7. A valorização do rap nacional - "Toca na ferida tipo um rap nacional como fez o Mano Brown, revolução mental"

Uma das rimas mais famosas do Chorão, usada em todo show continha esse pedaço. Chorão teve grandes parcerias com rappers como Sabotage, MV Bill, Rappin Hood, Marcelo D2, Negra Li e RZO por exemplo, coisa rara no meio do rock. Um ritmo onde muitas vezes apenas o rock é valorizado.

Chorão fazia questão de abrir espaço para o rap nacional e ainda citar em suas letras. Grande parte do crescimento desse movimento no Brasil se põe na conta do Chorão e do Charlie Brown Jr.

8. Mensagem positiva sempre - Uma das coisas que o Chorão mais pregava era a positividade. Paz, positividade, respeito e amor era quase que constante em suas letras. Sempre também com uma alfinetada politica e social.

Chorão que estudou até a 7ª série e sempre foi da turma "ralé", dos "skatistas favelados", conseguiu com o seu som atingir a todos. Chorão falava a língua da molecada do skate, da favela... de onde ele veio com suas gírias, mas ao mesmo tempo conseguia fazer um som bem classe A e cair nas graças de ricos e pobres, velhos e novos, homens e mulheres.

9. Músicas com gosto de fim de semana na praia - Músicas "para acalmar" sempre foram a marca dessa banda. Em diversos momentos da minha vida, quando estava mal, ouvia um Charlie Brown Jr e pronto, me acalmava. Parecia que eu tava em outro mundo. Parecia que todos os problemas sumiram.

Ouvir Charlie Brown sempre faz você lembrar dos momentos bons. Isso vai de encontro com a positividade presente nas músicas. Dificilmente você vai ouvir alguma música e lembrar de momentos ruins.

10. A valorização das coisas simples - Essa é a que eu mais me identifico. Quem me conhece sabe que simplicidade é tudo. Não ligo pra dinheiro, roupa de marca, carro importado e nem nada nessas coisas materiais. Adoro um carinho, abraço, sinceridade e honestidade.

E Chorão falava "Eu sou do jeito que sou", "do jeito que eu vim é do jeito que eu vou", "de skate eu vim e de skate eu vou", "eu dou valor pras coisas simples, eu sou o valor das coisas simples", entre outras.

Chorão e toda a banda eram totalmente simples. O Chorão em específico, usava ali a sua calça larga, seu tênis de andar de skate, uma camisa qualquer larga e um boné. Pronto. Pra que mais que isso? Pra que correntes de ouro, relógios caros, jaquetas de couro? E toda a banda era assim, cada um no seu estilo mas todos muito simples.

Humildade sempre foi a marca de Chorão. Dois vídeos ilustram muito bem isso.

Esse é o encontro do Chorão com um menino cego que é fã dele e da banda. Chorão se impressiona e parece uma criança se divertindo com outra... De brilhar os olhos.


Tem um outro em que o Chorão fala de quando participou da apresentação do Robinho no Santos, em 2010. No evento que contou com uma apresentação ao vivo do Charlie Brown Jr dentro da Vila Belmiro, desceu de helicóptero nada mais do que Pelé e Robinho. No vídeo, Chorão conta como foi a experiência. Ele conta como foi de forma espontânea e feliz, como se fosse uma criança que conheceu um ídolo... A maior demonstração de humildade é quando ele fala que achava que Pelé e Robinho não sabiam nem o nome dele. E quando eles chegaram falando "Chorão", ele ficou muito impressionado e feliz.
(Se eu achar o vídeo eu posto aqui)

Mas como a banda não era o Chorão, tem um do Champignon que mostra muito bem a sua simplicidade também. Ele na praia, com um violão e os amigos tocando uma música sua. Cheia de sorrisos e sem nenhum luxo.



Os primeiros 5 motivos estão no post anterior (http://andsalem.blogspot.com.br/2014/09/as-10-coisas-que-perdemos-com-o-fim-do.html)

Espero que tenham gostado! Não deixem essa banda morrer. Vamos continuar ouvindo as músicas. Elas são eternas.

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